VIA LACTEA

"Ora (direis) ouvir estrelas!
CertoPerdeste o senso"!
E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?

"E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas"

.Olavo Bilac







segunda-feira, 21 de março de 2011




MERGULHE

O teu silencio me machuca
A magia do amor que anestesiava minha dor
se faz ausente.
Meu sorriso ostenta uma dor pungente,
de coração dilacerado.
Não quero voltar ao passado distante,
De coração árido e alma vazia,
Não quero de novo ouvir esse lamento ecoante,
que num frêmito de desespero contínuamente repetia:
Alce voo, siga o rastro do amor,
desprende tua alma do corpo, livre-se da dor
e vá ao encontro da felicidade.
Ama de corpo , alma e coração,
Seja intensa componha voce mesma sua canção,
rompa os limitesm, transcende os céus, ardorosa,
apaixonadamente,
pegue carona nersse amor e mergulhe suavemente
na eternidade,
Como se fosse sua primeira vez.

ELÔ

segunda-feira, 14 de março de 2011


MÃOS DE POETA
Foi a primeira coisa que chamou minha atenção
ao ver-te.
Elas acompanham a inquietação do teu olhar,
falam ininterruptamente acompanhando a
agudez da tua mente.
E, na sofreguidão de fazer-te entendido,
elas se antecipam aos teus sentidos.
Elas falam de carencia,
de sonhos adormecidos,
corações entorpecidos, em sua sede de amar.
Elas carregam a ternura das carícias,
o calor da generosidade,
o adeus tão dolorido da partida,
as boas vindas da chegada.
São abençoadas pois traçam palavras
sem métricas, rimas,
que nos fazem chorar,
Alinhavam versos, que nos fazem
ansiar.
São lindas tuas mãos amado poeta,
Abençoadas mãos, que alem de tudo,
quando juntas ainda sabem
uma prece ORAR.

ELÔ

domingo, 13 de março de 2011